sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ecomotion Pro 2008




O Ecomotion/Pro que será realizado de 30 de outubro a 9 de novembro nos estados do Maranhão, Piauí e Ceará está chegando, a adrenalina está aumentando e os preparativos se intensificando.


Modalidades: distâncias e dicas


Trekking – 5 trechos distribuídos em 130 km – Os atletas passarão por terrenos diversificados, desde dunas, restingas, até locais com serras e áreas de mata atlântica, bem como no centro da Caatinga, local batizado pela organização de Caldeirão Ecomotion, por se tratar de uma área extremamente quente e com pouca água. Inclusive, este ano, é possível que a maior parte das equipes queiram desistir da prova por falta de água, desidratação e insolação. Por isso, é fundamental o uso de proteção solar, bem como estar continuamente alimentado e hidratado. O trekking representará, em tempo de perna, cerca de 31% da prova.


Mountain biking 5 trechos distribuídos em 277 km – Com mais de 50% da prova em termos de distância, o percurso de bike é bem variado, passando por estradas vicinais e pavimentadas, terrenos arenosos, praias e alguns single tracks. O maior trecho deve ser, também, o mais desgastante pois cruza o Caldeirão Ecomotion, onde 40ºC na sombra é muito comum. Os atletas deverão estar munidos, neste momento, com kit reparo de bike, devido aos espinhos da vegetação local que podem furar as câmaras dos pneus.


Canoagem – 2 trechos totalizando 140 km. O primeiro será o mais difícil da prova, principalmente, por estar localizado numa região que exigirá muito os conhecimentos de navegação e orientação, além de sofrer grande influência das marés. A falta de água potável também será uma dificuldade a ser enfrentada, assim como o tempo de exposição ao sol, aliado à posição de sentar no caiaque duplo. A expectativa é que a equipe mais rápida percorra a perna em cerca de 13 horas. Já o segundo trecho terá um desafio diferente: navegar em um rio perene, mas que pode estar abaixo do nível normal por causa da estação de seca, garantindo alguns pontos de trekking carregando os caiaques. Este ano, a percepção do tempo em cima dos caiaques será realmente maior: aproximadamente 36% do tempo da prova. O uso de vela será permitido, porém os atletas devem ficar atentos aos ventos da região nordeste, que nem sempre estarão favoráveis ao rumo em que eles precisarão seguir.


Técnicas Verticais – A modalidade promete ser desafiadora, ao nível de um Campeonato Mundial de Corrida de Aventura. Estima-se que haverá um trecho de ascensão com mais de 150 metros de subida, fracionados e com progressão horizontal, passando por pontes, plataformas suspensas, pontes de 3 cordas, entre outros artifícios que auxiliarão as equipes a vencerem os obstáculos. Os atletas deverão ter muito domínio das técnicas verticais, principalmente, para o uso correto dos jumares e dos auto-seguros, para garantir a segurança nos momentos de passagem dos sistemas. Por outro lado, o rapel será mais tranqüilo, guiado, em uma cachoeira da região.


Vela – A perna, de 32 km, será percorrida em embarcações típicas da região nordeste, tendo como comandante o próprio pescador, dono do barco. Os atletas deverão utilizar os conhecimentos de navegação com mapa e bússola para se guiar e atingir o próximo PC/AT. Durante o percurso, cada equipe será avaliada a fim de se estabelecer o vencedor da modalidade “Vela”. Os pescadores vencedores receberão prêmios, além de serem estimulados a trabalhar com o turismo na região.


Orientação – A orientação em meio às dunas e manguezais, assim como a navegação sob a influência das marés, exigirão muita habilidade técnica das equipes.


Condições climáticas, relevo e vegetação


A região onde será realizado o Campeonato Mundial de Corridas de Aventura possui uma característica única e exclusiva do Brasil. A geografia rica em áreas de caatinga, bioma endêmico, em alguns locais composta por extensos manguezais (com muitos mosquitos), dunas, praias e também áreas de serra, será um dificultador para os atletas, que sofrerão, também, com a escassez de água, temperaturas elevadas (perto dos 40ºC) e terreno arenoso cheio de vegetação com espinhos.
O uso de proteção solar, o correto abastecimento, transporte e consumo de água e repositores isotônicos, bem como estar preparado com suprimentos e reparos de bike, são fundamentais para permanecer correndo até o final da prova.

Nenhum comentário: